Coletivo une artistas e lança #CreateArtforEarth
(Londres, brpress) - Jane Fonda encabeça campanha global para incentivar produção artística sobre a crise climática e inspirar ações.
(Londres, brpress) – O time promete não deixar pedra sobre pedra neste Dia da Terra 2020 (22/04) e além. Os artistas Judy Chicago e Swoon se uniram a Jane Fonda e sua iniciativa ambiental Fire Drill Fridays, uma parceria com o Greenpeace EUA para lançar a . Juntaram-se a eles a iniciativa Mulheres, Artes e Mudança Social, do Museu Nacional das Mulheres nas Artes (NMWA), em Washington, DC, e Galerias Serpentine, em Londres.
“Podemos superar essa crise de saúde e voltar ao normal ou podemos perceber que ‘normal’ era o problema e escolher um caminho melhor”, conclama Jane Fonda. Para colocar mais lenha na fogueira dos protestos que a atriz e outros atores, como Joaquin Phoenix, estavam fazendo todas as sextas-feiras em frente à Casa Branca – conhecidos como Fire Drill Fridays –, este criou a campanha criativa global para incentivar a produção de arte sobre a crise climática e inspirar ações.
Envie sua obra
A campanha começa com uma chamada aberta para qualquer pessoa enviar trabalhos artísticos ou mensagens abordando a justiça climática, e publicá-los nas mídias sociais usando a hashtag Os trabalhos podem ser pinturas, fotografias, esculturas, imagens, textos, poemas, símbolos ou qualquer outra representação visual que contenha uma mensagem ambiental ou, como prefere Fonda, “tudo que oferece esperança a um mundo que está no caminho errado”.
A atriz, de 83 anos – que tem longa experiência de ativismo e ainda carrega o apelido de Hanói Jane, devidos aos seus midiáticos protestos contra a Guerra do Vietnã, em 1973 –, acredita no poder de transformação da arte com atitude. “Durante transições históricas, a arte sempre foi crítica. Isso nos lembra que o mundo como é não é tudo o que existe, que existem outras possibilidades de lutar. A arte pode nos abrir e penetrar em nossas defesas, para que possamos ver e ouvir o que temos medo.”
Morte e a extinção
A artista Judy Chicago, com quem estivemos no festival Sargent Pepper’s at 50, em Liverpool, Inglaterra, continua na onda de seu mais recente trabalho, a série The End. É sobre a morte e a extinção, vinculando a sobrevivência humana a dos animais selvagens. Jane Fonda lembra que o “o ‘normal’ [o mundo até a pausa por causa da pandemia] significava derretimento de camadas de gelo, espécies extintas, milhões de refugiados climáticos”.
Judy Chicago endossa: “Nas últimas décadas, testemunhamos o derretimento do gelo do Ártico; o aquecimento dos oceanos; incêndios florestais maciços; mudanças dramáticas nos padrões climáticos; a extinção de centenas de criaturas vivas; e agora, o coronavírus que está prejudicando o comportamento humano em todo o planeta, causando a perturbação dos sistemas econômicos em um nível nunca visto antes, além da morte para milhares de pessoas”, recapitula. “Acho que os artistas podem ajudar a compreender por quê”.
Imaginar e agir
Judy Chicago e Swoon também abordaram sua prática artística como defesa da sustentabilidade e do meio ambiente na série FRESH TALK da NMWA. “O primeiro passo para a ação é um ato de imaginação”, define Swoon. “Existem muitas maneiras pelas quais a arte fará parte de como sobreviveremos à crise climática e à pandemia atual, ajudando-nos a superar medos paralisantes para que possamos agir de forma construtiva, mantendo nossos corações e mentes inspirados pelo que importa, e até usando o processo criativo para lidar com soluções tangíveis.”
“Acreditamos que pode desempenhar um papel importante ao despertar as pessoas para a urgência e as soluções”, afirma Jane Fonda. A campanha foi concebida como parte do Back to Earth, da Serpentine. Trat-se de um novo projeto plurianual que convida artistas a propor campanhas que respondam à crise ambiental, com o apoio de organizações e redes parceiras.
Papel da arte
“Neste momento de saúde pública e crise ecológica, perguntamos: ‘Qual é o nosso papel como espaço de exposição, como instalação para artistas e ideias?”, questiona Hans Ulrich Obrist, diretor artístico da Serpentine Galreies: “Esperamos ansiosamente ver tudo o que essa iniciativa vai gerar, apresentar os trabalhos online e, quando as galerias reabrirem, fazer uma grande exposição”.
Judy Chicago publicará obras de arte em @judy.chicago e através de sua organização artística sem fins lucrativos, Through the Flower [ throughtheflower.org ]. E, claro, assim que o mundo voltar ao (a)normal, as sextas-feiras do Fire Drill mostrarão obras de arte em seus canais sociais @FireDrillFriday e escolherão peças selecionadas para serem exibidas em futuros comícios. O Greenpeace EUA apresentará obras de arte em seu site e em seus canais sociais.